quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Birras de crianças

Como lidar com as birras das crianças
Quem nunca assistiu a uma birra ensurdecedora de uma criança numa qualquer loja porque quer e tem de ter aquele brinquedo ou aqueles chocolates? Pois, todos nós.
O que são?
Embora ruidosas, desesperadas e embaraçosas (principalmente em público!) as birras não são mais do que manifestações da vontade da própria criança que, por volta dos 2 ou 3 anos, apercebe-se que já se pode fazer ouvir… e de que maneira! O comportamento infantil difere de criança para criança, sendo que algumas contestam mais os limites e as regras impostas pelos adultos do que outras. Gritam, choram, dão pontapés, agitam os braços, deitam-se no chão, atiram brinquedos e objectos pelas coisas mais simples: não querem comer a sopa, não querem tomar banho, não querem dormir a sesta, querem aquela boneca ou guloseima no hipermercado (porque é que os levamos para estes sítios?!). Querem e não querem porque já se aperceberam que é possível terem vontades – agora se essas são satisfeitas ou não, isso já é outra história.
O que significam?
Esquecendo, por agora, o volume destas birras, o desânimo e a impaciência que desperta nos pais, há um lado positivo destas “criancices”: no fundo, as birras são uma manifestação saudável das emoções, sentimentos, vontades e necessidades da pequenada. Afinal, estão a desenvolver a sua personalidade, só não sabem como expressar-se da melhor forma, porque nas suas mentes (sim, não nos podemos esquecer que estamos a falar de criaturas de palmo e meio!) apenas querem satisfazer a necessidade do momento e muito rapidamente – nesta altura das suas vidas não têm qualquer outra preocupação ou entrave, se não a contestação dos pais.
O que não fazer?
Nunca ceda às birras de uma criança, nem porque se sente culpado por não passar muito tempo com ela ou porque tem-se portado tão bem nos últimos tempos ou então porque está a morrer de vergonha numa loja. Ao ceder, vai passar a mensagem que as birras são normais e perfeitamente aceitáveis para as crianças obterem aquilo que desejam e, pior, dará asas a um ciclo vicioso que se tornará cada vez mais difícil de controlar e ultrapassar. Ao não conceder o desejo da criança estará a mostrar-lhe várias coisas: que existe um tempo para tudo, ou seja, não pode ter tudo aquilo que pretende, na hora que pretender; existem regras e limites que têm de ser respeitados sempre; tem de aprender a lidar com as suas próprias frustrações; tem de saber esperar pelas coisas que quer e que, a maior parte das vezes, terá de lutar para as conseguir.
O que fazer?
 Mantenha a calma. Talvez a coisa mais difícil de fazer no meio de uma sessão de birras, mas a mais eficaz. Se contribuir para esse cenário, estará a assemelhar os dois comportamentos e, no que toca à pequenada, elas imitam muito facilmente o comportamento dos adultos, seja positivo ou negativo. Respire fundo, não eleve a voz, não ceda aos nervos, seja claro e dê o bom exemplo.  
Ignore-a. Pode parecer, à primeira vista, um pouco desumano ignorar uma criança, mas no fundo, pretende-se que ignore a birra – não responda à criança, não olhe para a criança, não acuse o seu comportamento de forma alguma. Nas primeiras birras esta atitude pode não resultar em pleno, aumentando até a sua intensidade (para chamar a sua atenção claro!) mas, se o fizer regularmente, as birras vão acabar porque a criança vai perceber que não estão a surtir efeito.
Evite utilizar a força física com a criança. A birra em si já é tão “violenta” e descontrolada que bater vai apenas incendiar um fogo que já está a arder e muito. Para além disso, as birras podem ter subjacentes outros cenários: cansaço, fome, stress, o que significa que o mais importante nesse momento é reconquistar a estabilidade.
Deixe a criança sozinha. Se a birra ocorrer em casa ou noutro espaço familiar, experimente distanciar-se da criança, deixando-a sozinha durante alguns minutos ou segundos. Claro que uma criança zangada e só,  pode fazer estragos, por isso, controle esse tempo conforme a sua idade – os especialistas apontam para um minuto para cada ano da criança (se a criança tiver 5 anos, não a deixe sozinha mais do que 5 minutos, por exemplo). É uma espécie de “castigo” que funciona muito bem porque, não tendo “audiência” a criança vai acabar por se acalmar mais rapidamente. No entanto, e para se salvaguardar de uma possível parte dois, só a deixe voltar quando estiver tranquila e em silêncio pelo menos durante 30 segundos seguidos.
Não ameace com castigos que não vai conseguir cumprir. Se optar por esta estratégia ameaçadora, mas sem consequências reais, a criança não terá problema algum em repetir a birra. Uma criança tem de estar ciente das consequências que possam advir das suas acções, boas e más. Da mesma forma que deve ser elogiada por ter arrumado o seu quarto ou brinquedos, tem de ser castigada se bater no irmão ou fizer uma birra. Uma das estratégias mais utilizadas com as crianças que fazem birras é colocá-las sentadas numa cadeira já designada para o efeito ou então numa esquina, de onde apenas podem sair quando a mãe ou pai disser. Ora, como detestam estar confinados, os miúdos normalmente acalmam-se rapidamente e, ansiosos para saírem da sua “prisão”, começam logo a pedir para sair com promessas de bom comportamento!
Como lidar com birras persistentes? Claro que existem miúdos com pulmões de verdadeiros sopranos e pilhas que parecem não ter prazo de vida, resultando em birras que não cessam e têm tendência para piorar. Nestes casos, é importante estabelecer contacto físico com a criança (colocar-se ao seu nível, abraçá-la, pegar nela ao colo), com o intuito de a acalmar, sem ceder ao seu pedido. Concentre-se no seu estado emocional e não na sua exigência, falando com ela tranquilamente, de preferência sobre outras coisas. Felizmente, a fase das birras é isso mesmo, uma fase passageira. No entanto, se sentir que as birras da sua criança se tornam mais frequentes e sem sinais de abrandamento, fale com o seu pediatra.  
Converse muito. Quando acabar a birra, é importante conversar com a criança sobre aquilo que se passou – o que estava certo e o que estava errado, porque é que não pode voltar a acontecer, as consequências de uma futura birra e as consequências do bom comportamento. A autodisciplina é ensinar a criança a controlar, positivamente, as situações em que se encontra. Uma vez conquistada, as birras desaparecem, quase como por magia.
Texto retirado de: http//pequenada.com/artigos/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

No final da semana passada as crianças ouviram a história da "Estrela Estela", que falava da familia dela:
A Estrela Estela
Era uma vez uma estrela que se chamava Estela. Ela morava no céu com as irmãs, a mãe e o pai. A mãe era a Lua, o pai era o Sol e as irmãs eram estrelas como elas. O pai Sol nunca estava pois ia trabalhar para longe. A mãe Lua ficava sempre junto delas pois todas as noites tinham que trabalhar muito para o céu ficar brilhante e iluminar a Terra. Também todas as estrelas brincavam: umas faziam círculos, outras triângulos, outras rectângulos, outras quadrados, outras pareciam comboios e outras corriam tanto que até desapareciam. A Estela era a mais bonita: tinha uma luz cintilante, portava-se sempre bem e era especial. Sabem porquê? A Estela tinha um segredo! Gostava muito do seu pai e da sua mãe. A Estela era muito admirada pelas suas irmãs e estava sempre contente porque sabia que todos os meninos aqui na Terra a conheciam, portavam-se sempre muito bem e gostavam muito da sua história.

No final, em pequeno grupo, as crianças desenharam a familia dentro de uma estrela de papel.

E colocamos no placar da sala.
Algumas images do que mais gostamos de fazer na nossa sala:


 Adoramos pintar

 Ir para a biblioteca ver livros
 Ir para a sala de ginástica correr, saltar, rolar no chão, gritar bem alto...
Gostamos também muito de trabalhar na área dos blocos, onde fazemos construções, temos muitos animais e carros.

Também gostamos da plástica, onde podemos ter contacto com diferentes tipos de materiais.
Quem é a minha familia? As crianças pintaram uma casa em cartolina e colaram a fotografia da familia.
Com as figuras geométricas recortadas em cartolinas de diversas cores fizemos várias construções: casas, meninos, meninas, árvores, etc. cada criança construiu livremente. Depois colamos o que fizeram e colocamos no placar.
Falamos das diferentes cores e das figuras geométricas.
A mãe da Bárbara trouxe-nos mais um dos seus trabalhos para cantarmos acerca da alimentação:

Alimentação saudável

A carne, o peixe e os ovos
mais o meu rico leitinho
são alimentos gostosos
que quero no meu pratinho.

Eu sei que há muitos meninos
que gostam de muito leitinho
é por isso que eles crescem
e ficam mais bonitinhos.

Música: "o mar enrola na areia"

Cantamos esta canção e falamos sobre os alimentos que fala a música.


No dia da alimentação também experimentamos alguns alimentos na nossa sala, fruta, legumes e esperimentamos a diferença entre doce e azedo.

Este mês também tivemos o dia da alimentação, pedimos aos pais que troxessem para esta data recortes de revistas, de caixas ou fotografias ou livros ou mesmo alguns alimentos do que cada um toma ao pequeno almoço e o que mais gosta de comer, com o que as crianças trouxeram fizemos uma colagem  que colocamos no placar.

Dia da música

Para assinalarmos este dia, da música, pedimos aos pais que nos trouxessem diferentes tipos de música para ouvirmos, cantarmos e dançarmos. Recebemos muitos Cds de música.

Durante a tarde tivemos o prazer de receber um convidado especial que veio tocar para nós viola, o joão. Esperamos recebê-lo mais vezes durante este ano, porque todos gostamos muito de o ouvir tocar e cantar com ele.

A mãe da Bárbara, Cândida trouxe-nos mais um dos seus poemas`ácerca do tema:

Dia mundial da música

A música embala a criança
em perfeita sintonia
e no pézinho de dança
ela sente a melodia.

Aos poucos se vai ouvindo
a música na sala a tocar,
a criança vai sorrindo
e com ela vai dançar.

Batem palmas, fazem rodas
está a magia no ar,
a música é uma amiga,
faz a criança sonhar.
Brincamos com a linguagem, falamos sobre as palavras que não conheciam e fizemos o que diz no poema.

No dia dos animais a mãe da Bárbara, Cândida, trouxe-nos um texto sobre o tema:

Dia mundial dos animais

Não ignores um ser que como tu tem direito à vida.
Direito a ser bem tratado e defendido.
Não é só, quando vais trabalhar e ele olha pela tua casa, que te lembras dele.
Nãó é só, quando os teus olhos não vêem e ele te guia.
É também, cuidar dele, não o abandonar.
Não cruzes os braços quando vês as trocidades que cometem contra ele.
Tens por obrigação denunciar tais actos.
Sê amigo dos animais, pois a vida é para todos.

Aprenderam algumas palavras novas e falamos sobre o conceito de amizade.
Sou menino, Sou menina

Sou menina
uso vestido,
fita cor-de-rosa
no cabelo comprido.

Sou menina
brinco às casinhas,
com bonecas
e amiguinhas.

Visto calças
sou menino,
cabelo curto
com ar traquino.

Sou menino
jogo à bola,
com os amigos
na escola.
Poema de Cândida, mãe da Bárbara

Ouvimos o poema e falamos de algumas caracteristicas que destinguem os meninos das meninas, aprenderam algumas palavras novas como: "traquino", conceito de curto e comprido, e "amiguinhas".

Depois das crianças terem feito colagem com o material que trouxeram de casa e depois de termos falado sobre como tratar os animais, as crianças fizeram o desenho do animal que mais gostaram de ver.

 Conversamos sobre como devemos tratar os animais, que eles também sentem como nós, comem e dormem como todas as crianças.

Dia do Animal

Não podiamos deixar este dia tão especial passar sem falarmos nos nossos melhores amigos. Assim, pedimos aos pais que nos trouxessem fotografias de animais que tivessem em casa, a quem não tinha animais pedimos que nos trouxessem imagens, livros, recortes ou fotografias que tivessem de animais.
Estas imagens e fotografias encontram-se agora na área da biblioteca para explorarmos a linguagem.

Brincamos com massa de farinha, fizemos meninos e meninas que depois pusemos a cozer no forno e cada um levou para casa, mas ao lanche também saboreamos algumas “formas” que fizemos e cozemos. Ficou muito bom!

Somos os meninos e meninas lindos da sala dos dois anos.

“O Jardim de Infância é um espaço mágico cheio de cor, alegria e sons, onde os grandes aprendem com os pequenos o que é ser realmente grande e os pequenos alcançam as maiores conquistas.”

O nosso projecto este ano tem como tema: À descoberta do meu mundo, começamos por descobrir quem sou eu, sou menino ou menina? Quem sou eu?
Fizemos colagem dos meninos para o quadro dos aniversários e pintamos uns papagaios de papel onde colocamos a fotografia de cada um.
Cada criança pintou o menino ou menina para os símbolos dos cabides no corredor.